DIXON, Steve. Digital performance: a history of new media in theatre, dance, performance art, and installation. Cambridge (Massachusetts): MIT Press, 2007.
A GENEALOGIA DA PERFORMANCE DIGITAL
Aqueles que esqueceram o passado estão condenados a reativá-lo... Para saber onde estamos indo, basta olhar para o espelho retrovisor. – Mark Dery.
ECOS DA BAUHAUS
Artista e coreógrafo alemão. Levou a abstração narrativa, espacial e coreográfica a novos níveis durante os anos 1920.
Foi pintor, escultor e designer. Em 1923 ele se tornou professor da Bauhaus ministrando oficinas de teatro e mais tarde ensinou também escultura;
Seu trabalho mais famoso é o "Triadisches Ballett," em que os atores são transfigurados em formas geométricas. Foi o criador definitivo do Teatro da Bauhaus;
Embora não fosse coreógrafo é também associado historicamente à Dança Moderna;
Em 1922, estreou, no Teatro Municipal de Jena, seu Balé Triádico, espécie de síntese de suas idéias em teatro.
– The triaddic ballet (1922) - Roupas robóticas, dança futurista ;
- http://www.youtube.com/watch?v=8c6B7VKfdW4
- http://www.youtube.com/watch?v=TSrwf2f-IQY
- http://www.youtube.com/watch?v=uN7V4hzRsx
Para quem se interessar:
Ballet Triádico de Oskar Schlemmer (Bauhaus) reconstruído pelo Projeto Figurino - Senac - 30 de abril de 2010:
- Stäbentanz (1927) - Dança dos bastões:
Manda Von Kreibig dançava segurando dois bastões com cerca de dois metros de comprimento, com outros oito bastões presos à roupa.
Coreografia geométrica – o corpo humano reduzido a ser literalmente “o portador da linha”. Topografia do corpo no espaço – redução ao plano bidimensional – reconfiguração do corpo dançante no ambiente digital e no ciberespaço.
Coreografia de Oscar Schlemer na BAUHAUS de 1919/1933. Remontagem de Isa Seppi e Lucio Agra em 2008, apresentação no Congresso P&D em 10/10/2008:
A LINHAGEM HISTÓRICA DA PERFORMANCE DIGITAL
Algumas referências de livros e textos:
- Virtual art (2003) de Oliver Grau. [NT: Arte visual: da ilusão à imersão – editora Unesp/Senac] –desenvolve uma análise quase arqueológica da linhagem da realidade virtual e dos ambientes imersivos através de dois milênios, das frisas da antiga Pompéia, cerca de 60 aC, até as vistas panorâmicas em papel de parede de fins dos século vinte.
• From Vatican to Special Effects [Do Vaticano aos efeitos especiais] de Norman Klein. Compara o tratamento do espaço em tempos do Barroco ao nosso entendimento do ciberespaço.
• Multimedia: from Wagner to Virtual Reality [Multimídia: de Wagner à realidade vitual]de Randon Packer e Ken Jordon (2001);
• New Media Book [O livro das novas mídias], de Dan Harries (2002);
• Prefiguring Cyberculture: an Intellectual History [Antecipando a cibercultura: uma história intelectual], de Darren Tofts, Annemarie Jonhson e Alessio Cavallaro (2002);
• The New Media Reader [Coletânea das Novas Mídias], de Noah Wardrip-Fruin e Nick Montfort (2003).
• Mirror Games with New Media: The Story pf Dance has Always Been the Story of Technology” [Jogo de espelhos com as novas mídias: a história da dança sempre foi a história da tecnologia] (1997), de Arnd Wesemann.
A dançarina Loïe Fuller faz experimentos extraordinários em 1889, com a então “nova tecnologia” da eletricidade. Contemporânea de Isadora Duncan, Fuller foi a primeira dançarina coreógrafa moderna a usar novas tecnologias em seu trabalho.
WAGNER E A OBRA DE ARTE TOTAL
O Homem Artístico só se pode contentar ao reunir todas as formas de Arte numa única Obra de Arte. – Richard Wagner, 1849.
Richard Wagner e a Gesamtkunstwerk (Obra de Arte Total):
A visão de Wagner, expressada em escritos como The Artwork of the Future [A obra de arte do futuro], de 1849, era a unificação criativa de múltiplas formas de arte: teatro, música, canto, dança, poesia dramática, desenho, iluminação e arte visual.
Wagner tentou engendrar uma completa imersão da audiência através de uma variedade de técnicas e estratégias artísticas, desde esconder a orquestra da vista da plateia até neutralizar qualquer efeito que a alienasse de seus hipnoticamente repetitivos leitmotifs musicais e seus acordes sonoros e alongados.
A ambição imersiva de Wagner estenderam-se à construção de seu próprio teatro, o Bayreuth Festspielhaus (inaugurado em 1876)
Richard Wagner, «Festspielhaus Bayreuth», 1873
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