![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_NZ1J4n5FoGOyRS2Bgc9sdvj8S35xoGBmI-TPixRDxGWq5mE789-UJzShuTuBXLrOTqL5RHdESZsotEIKxohjsfixVfNxM2NrBIcDVmBRiqwQp1IxY60IJEmLgiObkPA9EyMKi1Z4nV0/s320/maccheroni2.jpg)
Henry Maccheroni, Uma das "duas mil fotos do sexo de uma mulher".
"Não existe nada
A não ser um sexo. A não ser uma única foto do sexo de uma mulher.
Portanto: a não ser um único sexo. [...]
onde está aquele que pode fazer algo se sustentar, em suma fazer qualquer sentido se exprimir diante disso? [...]
Observar o sxeo de uma mulher nua, coxas abertas, olhá-lo é estar diante de um proibido absoluto: diante do que não pode ser visto. Pena incorrida, danação, perigo imanente, nada explica; nada pode ser pensado ou imaginado nesse instante de caos opaco absoluto. [...]
No fundo, quem olha o sexo de uma mulher nua, coxas abertas, está diante da Medusa, da efígie terrível, da cabeleira de serpentes, desse rosto que é uma boca sem mentira e sem verdade, boca de sombra mortal, "rosto" em abismo, olhar encarado.
Não se aguenta mais: fica-se mudo e morre-se."
Denis Roche
O olhar de Orfeu